terça-feira, 20 de setembro de 2011

Fracturação em estado fresco: ângulos

Contextualização

Nos últimos meses têm aqui sido divulgadas algumas experimentações relacionadas com a fracturação de ossos longos de Bos taurus, assim como o protocolo experimental implementado. Até momento, foram realizadas experimentações com 3 amostras distintas abrangendo ossos longos em diferentes condições (Amostra Fresco, Amostra Descongelado e Amostra Congelado). Apresentamos aqui uma sinopse das medições dos ângulos realizadas nos planos de fractura da Amostra Fresco (total=10 elementos).

Metodologia

A medição dos ângulos foi realizada sempre que possível a cada 2 centímetros em todos os fragmentos de dimensões máximas superiores a 2 centímetros. Os resultados foram agrupados em 4 classes: A <45º, B 45º-90º, C 90º-135º, D>135º. Os ângulos não foram medidos em áreas com modificações dos planos de fractura decorrentes da localização de pontos de impacto, contragolpes ou outros indicadores que deturpassem a pendência para a fracturação.

Resultados

Os resultados demonstram a predominância da classe B e C (entre 45º e 135º), sendo que destes, predominam geralmente os ângulos da classe B (45º-90º). As excepções são um fémur e dois rádios, aliás, os rádios são nas nossas experimentações os elementos mais variáveis no que respeita aos planos de fractura.


Se agruparmos as classes A+B, ou seja todos os graus inferiores a 90º, e as classes C+D, todos com mais de 90º, fica demonstrado o predomínio geral dos ângulos inferiores a 90º. Uma vez mais, as excepções são um fémur e os dois rádios.


Nelson Almeida