As matérias-primas utilizadas foram, fungo prateleira, que se encontra geralmente em pinhais, mas muito abundante em bosques de árvores de folha caduca e húmidos, principalmente nos troncos das árvores mortas. Uma pequena lâmina em sílex, um fragmento de pirite, uma lasca em sílex com +- 7cm de comprimento e +-4cm de largura e uma acendalha de galhos de pequenos arbustos e raspas de medronheiro bem secas.
1. Acendalha de galhos e raspas de medronheiro
Começou-se por raspar o interior do fungo com a pequena lâmina de sílex, neste processo forma-se um novelo de finas fibras. Este foi acumulado até á proposta da quantidade achada como necessária, e depositado sobre uma superfície móvel.
2.Fungo depositado numa superfície móvel
Até aqui os gestos não necessitam de tanto esforço de coordenação.
Este poderá ser o gesto que exigirá uma certa coordenação, chocar a pirite na lasca de sílex e direccionar a poucas faísca, mas bastante intensas, para zona onde se encontra o fungo.
Aqui o processo pode levar tanto 2 Seg., como 5 mim., uma das faíscas terá que provavelmente ter o tamanho e intensidade suficientes e cair no local certo do novelo de fungo. Assim que acontece este entra rapidamente em combustão, proporcionando uma brasa consistente.
3. Fungo em combustão e a formar a brasa
O passo seguinte será exactamente igual ao da técnica descrita anteriormente.
E mais uma vez seguramente se fez fogo!
Ambas as técnicas não são fáceis, requerem que os materiais envolvidos sejam bem seleccionados e preparados.
Calma e concentração na hora de o juntar os materiais será necessário para atingir o objectivo pretendido, o de fazer fogo.
Em breve tentarei falar-vos de outros materiais para fazer fogo, um deles será uma técnica usada em regiões em que a erva de bambu é abundante.
Nota importante:
-Nunca experimentar estas técnicas sem estar acompanhado, duas ou mais pessoas serão melhor para resolver qualquer situação de perigo.
-Não fazer fogo em locais não autorizados, como reservas naturais ou reservas agrícolas, a não ser com uma devida e legal autorização.
-Não talhar materiais líticos sem que tenhamos o total controlo, de onde vão parar os restos e materiais talhados, com o intuito de não criar falsos sítios arqueológicos.
PEDRO CURA