segunda-feira, 12 de março de 2012

Cones de percussão resultantes da fracturação dinâmica com seixos não modificados e modificados

Galán et al. (2009) indicaram que a fracturação de ossos frescos de Bos taurus com seixos modificados tende a resultar em cones de percussão mais compridos e estreitos, comparativamente à fracturação com seixos não modificados. Estes autores basearam-se numa amostra de 11 e 5 cones de percussão, com seixos não modificados e modificados, respectivamente. A nossa amostra corresponde a 19 cones de percussão realizados aquando da fracturação de ossos longos de Bos taurus em estado fresco com seixos modificados (Tabela 1).

Tabela 1. Comparação de resultados. As amostras de Galán et al. (2009) estão assinaladas com um *.

A confrontação das distintas amostras (Gráfico 1) permite dar um maior suporte às sugestões de Galán et al. (2009). De salientar a menor variação indicada pelo intervalo de confiança de 95% presente na nossa amostra.

Gráfico 1. Comparação das amostras de Galán et al. (2009) assinaladas com um * com as obtidas nas nossas experimentações.


Referência bibliográfica
Galán, A.B., Rodríguez, M., de Juana, S., Domínguez-Rodrigo, M., 2009. A new experimental study on percussion marks and notches and their bearing on the interpretation of hammerstone-broken faunal assemblages. Journal of Archaeological Science 36, 776-784.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Abstract - Breaking the bones: taphonomic indicators in experimental dynamic fracturation of bovid long bones



Estivemos presentes no I Congresso Internacional de Zooarqueologia em Portugal com alguns dos resultados das experimentações de fracturação de ossos longos de Bos taurus. Deixamos aqui o resumo da comunicação e nos próximos dias iremos apresentar alguns dos novos resultados.


Breaking the bones: taphonomic indicators in experimental dynamic fracturation of bovid long bones
Nelson Almeida123, Sara Cura123, Pedro Cura123 & Palmira Saladié145
nelsonjalmeida@gmail.com
1 GQP-CG, Quaternary and Prehistory Group, Geosciences Centre, Coimbra, Portugal
2 ITM, Instituto Terra e Memória, Mação, Portugal
3 Museu de Arte Pré-Histórica e do Sagrado no Vale do Tejo, Mação, Portugal 
IPHES, Institut Català de Paleoecologia Humana i Evolució Social, Tarragona, Catalunha, Espanha
URV, Universitat Rovira i Virgili, Àrea de Prehistòria, Tarragona, Catalunha, Espanha

Keywords: Dynamic fracturation; Bos taurus; long bones; fracture plane; percussion marks 

A wide variety of international research projects dealing with actualistic studies of bone biomechanics have been produced and disseminated in the last decades. The majority of these papers deal with the problems of differentiation between carnivore and anthropic fracturation, i.e., static and dynamic loading in long bones. Some taphonomic indicators have been showed to allow separation between different accumulation agents in experimental and archaeological assemblages, helping in discussions related to different access to archaeofaunistical remains. The majority of these actualistic works were achieved with unmodified pebbles and Bos taurus fresh bones.
In this communication we present the results of a series of dynamic loading fracturation of Bos taurus long bones. Modified quartzite implements and bones in different conditions or “freshness” indexes were fractured and the resulting fragments analyzed. Although preliminary, the analysis of the fracture planes, longitude and circumference of the diaphysis, as well as other indicators (e.g. fragment measurements, percussion pits plus notches%, impact flakes%), allows the elaboration of some considerations.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Fracturação em estado descongelado e congelado: ângulos


Nos últimos meses temos apresentado alguns resultados das experimentações de fracturação de ossos longos de Bos taurus em estado fresco. De modo a ampliar a panóplia de elementos de comparação, apresentamos agora os resultados das medições dos graus dos planos de fractura em alguns elementos das novas amostras, nomeadamente em estado descongelado (D) e congelado (C).


É interessante a comparação com os resultados da amostra em estado fresco pois, ainda que não exista uma grande discrepância de valores com a amostra descongelado, a amostra congelado difere claramente da amostra fresco.






Através do estudo da longitude e secção/circunferências das diáfises, dos planos de fractura (delineação, ângulo, superfície) e da medição efectiva dos graus dos planos de fractura, começamos a ter resultados que efectivamente demonstram a diferença que os "índices de frescura" têm na modificação dos planos de fractura.


Os próximos passos envolvem o alargamento das amostras existentes e a criação de novas como por exemplo após cremação e fervura.


Nelson Almeida

segunda-feira, 14 de novembro de 2011