São pelo menos 3 as questões que motivam esta experimentação:
1 - O estudo tecnológico da indústria lítica do sítio do Pleistoceno médio da Ribeira da Atalaia indica-nos um baixa presença de debris, como explicação foram por nós avançadas duas hipóteses: processos pós-deposicionais ; as sequências de redução identificadas – talhe simples de seixos e blocos de quartzito- não produzem em abundância este tipo de resto de talhe.
A primeira hipótese tem ser verificada com o estudo geológico dos depósitos que contêm a indústria lítica. A segunda hipótese deve ser testada com a repetida reprodução experimental da referida sequência de redução;
2 – A indústria lítica deste sítio inclui núcleos e lascas de grandes dimensões, cuja sequência de redução procurámos reproduzir experimentalmente, verificando a variabilidade dos métodos aplicados e a sua relação com disponibilidade, qualidade e forma da matéria-prima, as técnicas de talhe, dimensões e morfologias dos suportes e núcleos, restos de talhe resultantes, etc.
3 - Por alguns autores estas sequências de reduções são denominadas Giant core Technologies[1]( Goren-Inbar: 2004) para a produção de suportes para as chamadas Large cutting tools do Acheulense – Bifaces e Machados de Mão sobre lasca. Estes artefactos que até este momento não foram identificados no sítio. Em rigor também os nossos núcleos correspondem mais à catogoria Very Large, do que Giant.. As questões são: correspondem afinal estes núcleos de grandes dimensões a uma produção de suportes que foram transportados para fora do sítio? Ou a sequência de redução está inteiramente representada no sítio, tendo sido os suportes aqui utilizados?
Aqui divulgamos de forma não exaustiva e sobretudo como exemplo metodológico de uma actividade que será repetida sistematicamente, com as variantes indispensáveis, até termos um conjunto de dados passível de ser tratado estatisticamente à semelhança dos dados arqueológicos.
1 - O estudo tecnológico da indústria lítica do sítio do Pleistoceno médio da Ribeira da Atalaia indica-nos um baixa presença de debris, como explicação foram por nós avançadas duas hipóteses: processos pós-deposicionais ; as sequências de redução identificadas – talhe simples de seixos e blocos de quartzito- não produzem em abundância este tipo de resto de talhe.
A primeira hipótese tem ser verificada com o estudo geológico dos depósitos que contêm a indústria lítica. A segunda hipótese deve ser testada com a repetida reprodução experimental da referida sequência de redução;
2 – A indústria lítica deste sítio inclui núcleos e lascas de grandes dimensões, cuja sequência de redução procurámos reproduzir experimentalmente, verificando a variabilidade dos métodos aplicados e a sua relação com disponibilidade, qualidade e forma da matéria-prima, as técnicas de talhe, dimensões e morfologias dos suportes e núcleos, restos de talhe resultantes, etc.
3 - Por alguns autores estas sequências de reduções são denominadas Giant core Technologies[1]( Goren-Inbar: 2004) para a produção de suportes para as chamadas Large cutting tools do Acheulense – Bifaces e Machados de Mão sobre lasca. Estes artefactos que até este momento não foram identificados no sítio. Em rigor também os nossos núcleos correspondem mais à catogoria Very Large, do que Giant.. As questões são: correspondem afinal estes núcleos de grandes dimensões a uma produção de suportes que foram transportados para fora do sítio? Ou a sequência de redução está inteiramente representada no sítio, tendo sido os suportes aqui utilizados?
Aqui divulgamos de forma não exaustiva e sobretudo como exemplo metodológico de uma actividade que será repetida sistematicamente, com as variantes indispensáveis, até termos um conjunto de dados passível de ser tratado estatisticamente à semelhança dos dados arqueológicos.
Exemplo de Núcleo da Ribeira da Atalaia
Exemplo de lasca da Ribeira da Atalaia
Para quem estiver interessado em aprofundar o tema aqui estão algumas sugestões de leitura:
Sharon, G., The impact of raw material on Acheulian large flake production, J. Archaeol. Sci. (2007), doi:10.1016/ j.jas.2007.09.004
Goren-Inbar, N., Sharon, G. (Eds.), Axe Age: Acheulian Tool-making from Quarry to Discard. Equinox, London,
Santonja, M., 1996. The Lower Palaeolithic in Spain: sites, raw material and occupation of the land. In: Moloney, N., Raposo, L., Santonja, M. (Eds.), Non-flint Stone Tools and the Palaeolithic Occupation of the Iberian Peninsula. BAR International Series, 649. Tempus Reparatum, Oxford, pp. 1-20.
Santonja, M., Villa, P., 2006. The Acheulian of Western Europe. In: Goren- Inbar, N., Sharon, G. (Eds.), Axe Age: Acheulian Tool-making from Quarry to Discard. Equinox, London, pp. 429-478.
Kleindienst, M.R., Keller, C.M., 1976. Towards a functional analysis of handaxes and cleavers: the evidence from Eastern Africa. Man 11 (2), pp. 176-187.
Petraglia, M., LaPorta, P., Paddayya, K., 1999. The first Acheulian quarry in India: stone tool manufacture, biface morphology, and behaviors. J. Anthropol. Res. 55, pp 39 -70.
Texier, P.-J., Roche, H., 1995. The impact of predetermination on the development of some Acheulian châıne operatoires. In: Bermudez, J. (Ed.), Paper Presented at the Conference: Human Evolution in Europe and the Atapuerca Evidence. Publication de la Junta de Castilla y, Leon, pp. 403 -420.
Madsen, B., Goren-Inbar, N., 2004. Acheulian giant core technology and beyond: an archaeological and experimental case study. Eurasian Prehist. 2 (1), pp 3-52.
Sharon, G., The impact of raw material on Acheulian large flake production, J. Archaeol. Sci. (2007), doi:10.1016/ j.jas.2007.09.004
Goren-Inbar, N., Sharon, G. (Eds.), Axe Age: Acheulian Tool-making from Quarry to Discard. Equinox, London,
Santonja, M., 1996. The Lower Palaeolithic in Spain: sites, raw material and occupation of the land. In: Moloney, N., Raposo, L., Santonja, M. (Eds.), Non-flint Stone Tools and the Palaeolithic Occupation of the Iberian Peninsula. BAR International Series, 649. Tempus Reparatum, Oxford, pp. 1-20.
Santonja, M., Villa, P., 2006. The Acheulian of Western Europe. In: Goren- Inbar, N., Sharon, G. (Eds.), Axe Age: Acheulian Tool-making from Quarry to Discard. Equinox, London, pp. 429-478.
Kleindienst, M.R., Keller, C.M., 1976. Towards a functional analysis of handaxes and cleavers: the evidence from Eastern Africa. Man 11 (2), pp. 176-187.
Petraglia, M., LaPorta, P., Paddayya, K., 1999. The first Acheulian quarry in India: stone tool manufacture, biface morphology, and behaviors. J. Anthropol. Res. 55, pp 39 -70.
Texier, P.-J., Roche, H., 1995. The impact of predetermination on the development of some Acheulian châıne operatoires. In: Bermudez, J. (Ed.), Paper Presented at the Conference: Human Evolution in Europe and the Atapuerca Evidence. Publication de la Junta de Castilla y, Leon, pp. 403 -420.
Madsen, B., Goren-Inbar, N., 2004. Acheulian giant core technology and beyond: an archaeological and experimental case study. Eurasian Prehist. 2 (1), pp 3-52.
Medium: 8 <>
Large: 1 5 <>
Very large: 25 <>
Giant: 35 cm <>
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